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Advogados que marcaram a história

Abraham Lincoln

“O governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da Terra”. Essa é uma das frases que marcam a incrível trajetória de Abraham Lincoln, um homem de origem simples, que exerceu diversas profissões e abandonou a escola mais de uma vez até usar sua incrível capacidade de oratória para se eleger na Assembleia de Illinois, em 1834. Durante seu segundo mandato, Lincoln começou a estudar Direito com livros emprestados, e em 1836 obteve licença para exercer a advocacia. No ano seguinte, mudou-se para a nova capital do Estado, Springfield, onde constituiu um escritório coletivo.

Ficou famoso em todo o país quando ganhou um importante processo do foro criminal, onde defendeu e livrou o seu cliente da prisão. Com a ajuda de um Almanaque, Lincoln provou que, sendo a noite do crime de Lua Nova, e por isso muito escura, a testemunha do crime não podia ter visto o ato claramente.  Sua atuação como advogado tornou-o muito conhecido em todo o Illinois.

Em 1846, conseguiu ser eleito para o Congresso Nacional, mas não ficou muito popular, pois recusava-se a arranjar empregos e vantagens para seus amigos políticos, e foi contra a guerra no México. Não tentou se reeleger e voltou a advogar. Mas a escravidão o trouxe de volta à cena política. Em 1820, assinou o famoso “Acordo de Missouri”, que proibia a escravidão nos novos territórios situados no estado de Missouri. Em 1854, o senador democrata Stephen Douglas apresentou um projeto de lei para os territórios de Kansas e Nebraska que não concordavam com o Acordo. Quatro anos depois, Lincoln disputou uma vaga no senado contra Douglas e o chamou para uma série de debates sobre o tema. Lincoln perdeu a eleição, mas ficou famoso e ganhou ainda mais destaque.

Em 1860, candidatou-se à presidência da República e venceu. Logo após a sua posse, sete estados do sul se separaram da União, depois, mais quatro se juntaram a eles e formaram os Estados Confederados da América. Lincoln fez de tudo para a reconciliação, mas ratificou a soberania nacional e os convidou para a negociação. Não adiantou e a Guerra dos Confederados passou por diversas batalhas. Em 1863, Lincoln pôs em prática o que considerava serem os poderes do presidente em tempo de guerra, que ficou conhecido como a Proclamação da Emancipação: os escravos nos territórios do Sul, sob domínio confederado, eram libertos. A medida foi seguida por uma Emenda Constitucional que proibiu toda a escravatura nos Estados Unidos da América.

Sua luta pelo fim da escravidão acabou causando sua morte. Na noite de 14 de abril de 1865, o ator John Wilkes Booth, defensor da escravatura, não tolerou o que um ex-lenhador tinha feito na história político-social da humanidade. Booth protagonizou a cena que o eternizou na história americana. Sulista inconformado com a derrota na Guerra Civil, Booth assassinou o presidente Abraham Lincoln (1809-1865) durante uma apresentação da comédia Nosso Primo Americano, no Teatro Ford, em Washington.

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