Sempre que novas ferramentas surgem e são implantadas no ambiente corporativo, leva-se um tempo para que todos da empresa se condicionem a utilizar e entendam as vantagens do novo modelo.
Em se tratando de inovações tecnológicas, principalmente para atividades que interferem de forma significativa na rotina de trabalho, muitas vezes a resistência é ainda maior.
A tendência do mundo de hoje é modernizar o máximo possível os meios de se comunicar e trazer para o ambiente digital a maioria daquilo que é feito nos moldes tradicionais.
É o caso, por exemplo, das redes sociais internas, utilizadas dentro das empresas para a troca de informações entre seus colaboradores. Trata-se de uma ferramenta poderosa para disseminar as regras de conformidade ou compliance da empresa e comunicar regras e boas práticas e medidas anticorrupção e antissuborno entre os empregados.
Consiste basicamente num canal onde é possível se comunicar direta e instantaneamente com os colegas de trabalho. A maioria delas permite o envio de arquivos de todos os formatos, conversas de áudio e criação de grupos de debate, para discutir ações que previnam fraudes e evitem que empregados tenham comportamentos e práticas lesivas para a empresa.
Vantagens do uso das redes sociais internas
O sistema não costuma ser complexo e é bem parecido com o que já se utiliza no dia-a-dia para entretenimento.
As redes sociais internas dentro de empresas permitem que todos os setores se comuniquem de forma rápida e eficiente. E para isso não há consumo extra de recursos.
Uma vez que o sistema é implantado, o custo seria apenas de sua manutenção. Não é como se cobrasse por uma chamada de voz toda vez que fosse preciso fazer uma ligação por telefone, por exemplo.
Além da melhora na logística, percebe-se facilmente um maior engajamento e o aumento da produtividade dos colaboradores. Consequentemente a isso, a realização de objetivos e o alcance de metas, fatores que impactam positivamente nos resultados do negócio e que estejam em linha com as práticas de disseminação de políticas antifraude da companhia.
Desafios
As redes sociais internas se assemelham em muitos quesitos com as demais plataformas destinadas apenas para o lazer. Por isso, algumas pessoas tendem a confundir sua finalidade.
Os próprios gestores muitas vezes não abraçam a ideia por verem na ferramenta uma possibilidade de geração de conflitos.
Mas é importante saber que a utilização desse sistema deve ser única e exclusivamente para fins de trabalho. No que diz respeito a horários de utilização e ao conteúdo compartilhado, principalmente.
A legislação ainda não aborda o tema de forma específica, mas regulamenta a atividade indiretamente.
Sendo assim, é imprescindível que a empresa elabore suas próprias diretrizes, preferencialmente de maneira expressa, observando os limites impostos pela legislação, em especial a trabalhista.
Isso, para que se evite o desempenho indevido e/ou indesejado de horas extraordinária, trabalho intermitente, prontidão, sobreaviso ou qualquer outro regime legalmente previstos, mas que não corrobore com a intenção e sistema da corporação.
No mais, mudanças são controversas, mas necessárias e, no final, são sempre muito bem-vindas, desde que estejam em consonância com as normas trabalhistas e que sua regulamentação seja benéfica de modo geral.