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Inteligência Relacional: você sabe o que é e como usar a seu favor?

Recentemente uma grande revista abordou o tema Inteligência Relacional (IR) como uma competência revolucionária para os modos de trabalho e convívio tradicionais. Falar sobre esse tema imediatamente remete ao antigo QI (quociente de inteligência) e ao QE (quociente emocional), este último tão evidenciado por Daniel Goleman. Ambos foram amplamente discutidos e tratados nos ambientes acadêmicos e, até hoje, o estudo do comportamento emocional deixa claro que as características individuais das pessoas determinam ou impactam na sua forma de relacionar.

Para Christiano de Oliveira, que tem formação em Governança e Coaching, é psicólogo e Diretor Executivo na Partner Consulting: consultoria de soluções empresariais em governança, estratégia e gestão, não há nada de novo, já que isto fazia parte do olhar das pessoas. “Acontece que essa atenção está hoje muito mais voltada para o outro, para a forma como nossas características impulsionam nossas relações. O foco é como você interfere no outro. Tomar consciência dos seus pontos fortes e fracos e da sua forma de “funcionar” em sociedade pode não parecer revolucionário, mas elencar as nossas relações como protagonistas ao invés do próprio indivíduo, tem sido revolucionário para alguns. O fator importante é a forma como esse indivíduo se relaciona em detrimento dos seus comportamentos”, avalia o especialista.

Para ele, a revolução está no reflexo que as características das pessoas imprimem em suas relações. E o ganho está justamente em dedicar tempo para se conhecer melhor e direcionar essa inteligência para cuidar dos vínculos pessoais e profissionais. Isso aumenta as chances de ser mais assertivo, produtivo, de criar objetivos em comum e de direcionar metas coletivas.

Futuro das relações

Por se tratar de uma competência já reconhecida e que começa a ser amplamente divulgada, a indicação de Christiano Oliveira é que a Inteligência Relacional se torne uma grande ferramenta de gestão: “Mapear competências e habilidades e direcionar as relações como protagonistas nesse processo é sinônimo do que eu chamo de ganho produtivo sustentável. Gerenciar crises, resolver conflitos, planejar, motivar, negociar, implantar processos, incentivar a criatividade, enfim, tudo tende a ganhar mais flexibilidade e produtividade”, avalia.

Mas, para que isso se torne uma realidade, as empresas precisam encarar a grande mudança cultural que a IR representa. Desenvolver competências para gerenciar esse processo de mudança e reforçar as estratégias devem ser os primeiros pontos. Neste caso, Christiano avalia que um coach seria uma peça importante na construção das bases inicias, sobretudo com os líderes responsáveis pela mudança cultural. “Criar um combinado honesto e iniciar um diálogo para conhecer o que cada um tem de melhor e o que precisa ser desenvolvido é muito importante, sem falar no dimensionamento das expectativas esperadas nessa mudança”, finaliza.

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