Quando o Jornalismo atua para facilitar o entendimento do Direito

Com uma linguagem didática e abrangente, o jornal Gazeta do Povo, no Paraná, investe em pautas que tratam o direito de forma ampla e associada ao dia a dia das pessoas. Mas nem sempre o caderno Justiça & Direito foi assim. De acordo com a editora Joana Neitsch, quando o caderno foi lançado, em 2012, seu principal objetivo era conversar com os profissionais do Direito. A linguagem era mais técnica e as pautas pensadas para atingir este público.

Em 2015, o caderno deixou o meio impresso e migrou para a plataforma digital. Foi o começo de uma virada que destacou o Justiça & Direito, que passou a abranger um público maior, o qual participava das pautas, com opiniões e considerações.

Desde então, o caderno promove debates, lives para tirar dúvidas sobre temas atuais, séries de reportagens, entre outras. “No início, as pautas eram mais longas e com análises atemporais. O online exigiu de nós uma nova dinâmica. Recebemos comentários e intervenções do leitor, sentimos o interesse da população nos temas abordados. Hoje somos mais didáticos, mas sem deixar de atender aos operadores nas notícias e pautas trabalhadas”, conta Joana, que está na equipe desde a criação do caderno. Para ela, o direito faz parte da vida das pessoas e sempre há assuntos para abordar. Um bom exemplo é o caso da diretora do Procon, que deu uma entrevista na TV com uma roupa que parecia pijama. O caso repercutiu muito, se tornou viral. E o caderno fez uma matéria para esclarecer se é permitido ou não trabalhar de pijama.

Hoje, a equipe do Justiça & Direito conta com três pessoas. Duas delas são formadas em Direito, o que permite oferecer conteúdo de qualidade, com termos corretos e orientações adequadas para o leitor. “Temos muito cuidado com o que oferecemos. Isso inclui terminologias. Por outro lado, temos o olhar jornalístico para perceber o que precisa ser esclarecido. Posso citar a matéria que fizemos para explicar a diferença entre Indulto e Saída Temporária da prisão. Vemos muitas imprecisões e a opinião pública é confundida com termos usados erroneamente”, finaliza Joana.

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