A inteligência artificial é uma realidade mundial e avança a passos largos em diversas áreas, inclusive no direito. Paralelamente aos avanços tecnológicos, as novas demandas têm exigido que os profissionais estejam mais abertos, atualizados e adaptados para exercerem atividades com agilidade e eficiência.

As chamadas legaltechs ou lawtechs – abreviação de Legal Technology é um termo usado para nomear startups que criam produtos e serviços de base tecnológica para melhorar o setor jurídico –  têm desenvolvido programas, softwares e sistemas que automatizam a elaboração e gerenciamento de documentos e petições. Além de criar e analisar as bases de dados para pesquisas, auxiliam também na gestão de departamentos jurídicos e escritórios.

Outras plataformas tecnológicas, já utilizadas por escritórios de advocacia, conseguem delinear o perfil de tribunais e magistrados, e podem mensurar objetivamente as possibilidades de êxito das causas, conforme as teses e entendimentos adotados pela Corte. Isso garante mais eficiência à atuação profissional, reduz o trabalho, erros e custos, e permite adotar estratégias mais assertivas e que produzam melhores resultados ao cliente.

Recentemente uma empresa desenvolvedora de software jurídico – utilizado por diversos tribunais, dentre eles o de São Paulo – propôs a implementação de uma ferramenta para ajudar na administração do Poder Judiciário. O programa realiza análises e apresenta conclusões para tomada de decisões dos processos, a partir de informações produzidas pelo próprio tribunal.

Com a automação de serviços básicos e a utilização da inteligência artificial, a expectativa é a melhoria da produtividade dos tribunais, assim como a segurança jurídica. Já os casos sem precedentes ainda devem continuar sendo tratados com mais cautela. Portanto, essas transformações não vêm necessariamente para substituir os profissionais, mas para ressignificar as funções e aprimorar o sistema de trabalho.